“Ele brinca sozinho mesmo” – um recorte no curso de um rio racial na educação: a responsabilidade da branquitude diante das desigualdades raciais e a violência contra a subjetividade da criança negra na escola

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Colégio Pedro II/PROPGPEC

Programa de Formação

Especialização em Educação das Relações Étnico-Raciais no Ensino Básico (Ererebá)

Local

Rio de Janeiro

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Resumo

A partir de um relato de experiência, este trabalho apresenta um fato específico, representante de cenários recorrentes em escolas no que se refere à reprodução do racismo (MOORE, 2007). Busca-se evidenciar a responsabilidade da branquitude sobre as desigualdades raciais a partir da invisibilização da criança preta no espaço educacional e da relativização de sua solidão. Desencadeada por uma frase dita por uma das lideranças de uma escola, a experiência que provocou a escrita desta pesquisa gerou o exercício de investigação a partir de elementos da análise do discurso (CHAURAUDEAU, 2004), como o contexto da enunciação discursiva, intencionalidade da fala e interação dos interlocutores para a compreensão do discurso. Articulada à teoria crítica racial (DIOP, 1976; BISPO, 2019; MUNANGA, 1999; NASCIMENTO, 2019; CESAIRE, 2020; VARGAS, 2017), que investiga das raízes aos ramos do racismo, desde sua gênese aos princípios coloniais que sustentam uma sociedade racializada no Brasil, esta monografia propõe revisar a literatura sobre a educação brasileira como projeto colonial (DÁVILA, 2006; CAVALLEIRO, 2020), eugênico e mantenedor dos privilégios da branquitude (BENTO, 2002). Assim, aqui propõe-se o conceito de “discurso de sensibilidade” como uma crítica às estratégias de manutenção do poder branco, véu pseudopoético que esconde as verdadeiras faces do racismo e suas tecnologias de extermínio. Por fim, este trabalho se debruça sobre o curso do rio da educação, nos termos de Antônio Bispo (2019), de sua nascente colonial à foz discursiva, que desemboca em frases como a que motivou este estudo: “ele brinca sozinho mesmo”.

Abstract

Based on an experience report, this work presents a specific fact, representative of recurrent scenarios in schools regarding the reproduction of racism (MOORE, 2007). It seeks to highlight the responsibility of whiteness on racial inequalities from the invisibility of black children in the educational space and the relativization of their loneliness. Triggered by a sentence said by one of the leaders of a school, the experience that led to the writing of this research generated the investigation exercise from elements of discourse analysis (CHAURAUDEAU, 2004), such as the context of discursive enunciation, speech intentionality and interaction of interlocutors to understand the discourse. Articulated to critical racial theory (DIOP, 1976; BISPO, 2019; MUANGA, 1999; NASCIMENTO, 2019; CESAIRE, 2020; VARGAS, 2017), which investigates from the roots to the branches of racism, from its genesis to the colonial principles that sustain a society racialized in Brazil, this monograph proposes to review the literature on Brazilian education as a colonial project (DÁVILA, 2006; CAVALLEIRO, 2020), eugenic and maintainer of the privileges of whiteness (BENTO, 2002). Thus, here, the concept of “sensitivity discourse” is proposed as a criticism of the strategies of maintenance of white power, a pseudopoetic veil that hides the true faces of racism and its technologies of extermination. Finally, this work focuses on the course of the education river, in the terms of Antônio Bispo (2019), from it’s colonial source to the discursive mouth, which ends in phrases such as the one that motivated this study: “he plays alone, indeed”.

Descrição

Palavras-chave

Relações étnico-raciais - Estudo e ensino, Racismo na educação, Análise do discurso, Educação antirracista

Citação

Duarte, Thais Braz. “Ele brinca sozinho mesmo” – um recorte no curso de um rio racial na educação: a responsabilidade da branquitude diante das desigualdades raciais e a violência contra a subjetividade da criança negra na escola. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Educação das Relações Étnico-Raciais no Ensino Básico (Ererebá)) – Colégio Pedro II, Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Rio de Janeiro, 2022.

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