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Submissões Recentes

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Por um olhar psicomotor: caminhos para superar a docilização dos corpos infantis na escola
(2025) Bianca Villela Albrecht Alves; Fernanda de Oliveira Almeida; Katia de Souza e Almeida Bizzo Schaefer
O presente trabalho foi construído a partir da participação, enquanto estudantes, das autoras na pós-graduação em Educação Psicomotora do Colégio Pedro II. Durante os 2 anos de estudos, foi construída a ideia de Psicomotricidade, que, naturalmente, foi se interligando ao trabalho enquanto educadoras da infância. Dessa forma, o artigo traz o olhar de duas formandas em Educação Psicomotora e professoras de Educação Infantil para as crianças, suas infâncias, e os lugares que elas vêm ocupando nas escolas ao longo dos séculos. O estudo fala da docilização dos corpos infantis na escola (Foucalt, 2013) e aponta caminhos na Psicomotricidade (Fonseca, 1989; Aguiar et al., 2019), como o brincar livre com e na natureza (Bazilio e Schaefer, 2021; Tiriba, 2018) para a construção de novos olhares para os corpos infantis, apostando nas suas potências e em seus aspectos criativos e subjetivos. Dessa forma, o trabalho apresenta como os estudos e vivências na Psicomotricidade foram atravessando e transformando as suas práticas na Educação Infantil e sugere proposições para a ação docente que possam redefinir os olhares para as infâncias e os lugares que as crianças vêm ocupando nas escolas ao longo dos séculos.
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Para além da seca e da pobreza: as experiências de trabalhadores migrantes nordestinos no ensino básico de história
(2025) Bruna da Silva Amancio Marinho; Roberta Martinelli e Barbosa
Este trabalho tem por objetivo investigar as experiências dos migrantes nordestinos no Ensino Básico de História. Em especial, experiências que foram construídas durante o fenômeno da grande migração com destino à cidade do Rio de Janeiro, entre as décadas de 1970 e 1980, direcionando o escopo da análise para os trabalhadores oriundos de cidades pequenas e roças de subsistência. A partir de fontes orais e notícias da grande imprensa produzidas nesse período, pretende-se refletir sobre uma possível forma de abordagem, para os alunos do Ensino Básico, que visa evidenciar as experiências de homens e mulheres migrantes no espaço das grandes cidades. Estimular, desse modo, os estudantes a pensarem criticamente a respeito da experiência dos próprios trabalhadores rurais no seu processo de migração, como agentes históricos que buscam refundar seu lugar de origem no lugar de destino.
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Inclusão escolar: entrelaçando o maternar e o professorar psicomotor a partir de um relato de experiência
(2025) Fernanda Cecilia Nunes Gomes; Cintia Tavares Ferreira
O presente artigo dialoga sobre os desafios enfrentados por crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no contexto da inclusão escolar por um olhar psicomotor. A psicomotricidade é adotada como aporte para compreender o papel do corpo, do movimento e das relações afetivas no processo de aprendizagem e na construção de uma inclusão mais efetiva. A partir de uma experiência vivida em sala de aula com crianças com diagnóstico de TEA, buscou-se refletir sobre como a psicomotricidade pode transformar o olhar e as práticas docentes na Educação Infantil, especialmente quando se propõe romper com modelos tradicionais e oferecer uma educação mais humanizada, sensível e significativa. Trata-se de um relato de experiência (Mussi, Flores e Almeida, 2021) que articula vivências profissionais como professora da Educação Infantil em classe regular no município de Nova Iguaçu e experiências pessoais como mãe de uma criança com TEA. A investigação apoiou-se em observações realizadas no cotidiano escolar e buscou refletir sobre a efetividade das práticas inclusivas adotadas, considerando os limites das ações pedagógicas frente à obrigatoriedade legal da inclusão e o distanciamento que ainda pode existir entre professores regentes e estudantes com deficiência. O aporte teórico metodológico adotado dialogou principalmente com Cunha (2018) sobre inclusão, e a respeito da psicomotricidade Calmèls (2022). Também destacou a importância de reconhecer a singularidade de cada criança, respeitando seus tempos e modos de ser, e propõe reflexões sobre a autora como mediadora nas relações pedagógicas e como sua história de vida interfere nos vínculos estabelecidos com as crianças. Além disso, o relato materno contribuiu para compreender o processo de inclusão da criança com TEA em diferentes espaços sociais e as mediações que favorecem seu desenvolvimento e compreensão do mundo pelo viés psicomotor. Conclui-se que a inclusão só se concretiza quando a criança é vista em sua integralidade e com o envolvimento efetivo de toda a equipe escolar. As práticas psicomotoras se apresentam como aliadas nesse processo, ao promoverem o desenvolvimento do corpo, da afetividade e da aprendizagem, fortalecendo vínculos, autonomia e participação ativa no ambiente escolar.
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Trem-escola-escola-trem: percursos poéticos entre trem, rua, escola e ensino de artes visuais na Baixada Fluminense
(2025) Vitória Luiza Carneiro de Souza; Edvandro Luise Sombrio de Souza
O presente trabalho consiste em uma reflexão escrito-imagética a partir da vivência docente de uma professora de Arte das redes municipais de educação de Japeri e Nilópolis, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O estudo busca explorar, de forma sensível e subjetiva, as experiências escolares cotidianas, especialmente nas aulas de Arte, em diálogo com os deslocamentos diários feitos de trem e a pé pela professora até a escola, compreendidos como parte de seu processo de criação artístico-pedagógico. É produzido, então, um caderno de artista, que também pode ser interpretado como um diário de bordo, estruturado de forma processual e a partir de uma perspectiva autorreferenciada (Haraway, 1995; Vieria 2016). Composto por fotomontagens, colagens, adesivos e desenhos (imagens de sua autoria, de estudantes e de coautoria entre ambos), o caderno funciona como um espaço de registro e reflexão da autora que, enquanto professora-artista, busca criar uma narrativa dialógica entre arte, educação, cotidianos e percursos e, inspirada pelo livro Guia Afetivo da Periferia (Faustini, 2009), ir contra narrativas hegemônicas e desumanizadas sobre a educação pública na Baixada Fluminense.
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“Quente ou frio?” : uma proposta de jogo didático para o ensino de termometria e calorimetria
(2025) Beatriz Costa Ferreira da Silva; Leonardo de Almeida Prata
Um dos desafios enfrentados no Ensino de Física é correlacionar os conteúdos abordados em sala de aula com o cotidiano dos estudantes. A falta de contextualização dos conteúdos pode implicar diretamente no desenvolvimento de concepções equivocadas a respeito de conceitos físicos básicos. Aliado à isso, os estudantes acreditam que a Física está atrelada apenas ao ensino tradicional, com a memorização de fórmulas, resolução de exercícios e equações matemáticas. Desta forma, utilizar de diferentes metodologias de ensino podem estimular o interesse e participação dos alunos, contribuindo para o melhor entendimento dos conceitos abordados. Pensando nesses desafios, uma das ferramentas que podem ser utilizadas como estratégia para solucionar esses problemas é o uso de jogos didáticos no processo de ensino aprendizagem. Os jogos didáticos são capazes de desenvolver diferentes habilidades, como a socialização, tomada de decisão, pensamento crítico e trabalho em equipe, além de tornar as aulas mais dinâmicas, promovendo o protagonismo do aluno. Tendo em vista esses aspectos, o presente trabalho tem como objetivo discutir, a partir de referenciais teóricos, a importância dos jogos no processo de ensino-aprendizagem e apresentar a elaboração de um jogo didático intitulado “Quente ou frio?” como proposta de atividade lúdica para explorar os principais conceitos envolvidos na termometria e calorimetria em turmas de 2° ano do Ensino Médio. O jogo elaborado é inspirado no Perfil® (GROW), sendo formado por 20 cartas que contém um conceito físico a ser desvendado por meio de dicas. Espera-se que com aplicação futura desse jogo, possam ser potencializados os conhecimentos prévios e adquiridos pelos estudantes dentro da temática abordada, de maneira dinâmica, lúdica e divertida.