Ensino de história e educação indígena em Angra dos Reis: "Na prática a teoria é outra"

Abstract

O estudo que propomos é resultado de reflexões que emergem da sala de aula, mas, sobretudo, de ter a sala de aula como objeto de estudo e análise. O ponto de partida para este trabalho é iniciado quando questiono se é possível construir ferramentas pedagógicas para uma educação libertadora necessária para o desenvolvimento dos discentes, promovendo, ao mesmo tempo, seu empoderamento e desenvolvimento intelectual. Pois, como professor de História, penso ser fundamental colaborar para a formação política e construir sentido através do ensino de História. Diante dessas demandas é que se nos apresentam todo um complexo de problemas acerca dos métodos e teorias agregados na vida acadêmica e as limitações que se evidenciam na realidade escolar, sobretudo diante de uma sala de aula composta por indígenas, como é o caso do qual tratarei. Sendo assim, destaco que essa pesquisa surge do interesse por compreender a Educação Escolar Indígena (EEI), Tendo como aporte teórico a pedagogia da autonomia produzida pelas reflexões do pensador brasileiro Paulo Freire e as possibilidades de aproximação dessas ideias com a pedagogia libertária experimentada no Brasil no início do século XX, por Francisco Ferrer y Gardia

The study we propose is the result of reflections that emerge from the classroom, but, above all, of having the classroom as object of study and analysis. The starting point for this work is when I question whether it is possible to construct pedagogical tools for a liberating education necessary for the development of the students, at the same time promoting their intellectual empowerment and development. For, as a history teacher, I think it is fundamental to collaborate for political formation and to build meaning through History teaching. Faced with these demands is that we are presented with a whole complex of problems about the methods and theories aggregated in academic life and the limitations that are evident in the school reality, especially in front of a classroom composed by indigenous people, as is the case of which I will deal . Thus, I point out that this research arises from the interest in understanding Indigenous School Education (EEI), having as a theoretical contribution the pedagogy of autonomy produced by the reflections of the Brazilian thinker Paulo Freire and the possibilities of approaching these ideas with the liberation pedagogy experienced in Brazil at the beginning of the 20th century, by Francisco Ferrer and Gardia,