Lutas de libertação nacional na África lusófona: principais lideranças e influência do marxismo-leninismo

Abstract

O presente trabalho trata da história contemporânea da África, especialmente sobre as lutas anticoloniais e de libertação nacional ocorridas em países africanos lusófonos, sendo eles: Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau, e Moçambique. Para isso procura destacar a atuação e a trajetória das principais lideranças dos principais movimentos envolvidos, sendo eles: Agostinho Neto, Amílcar Cabral e Samora Machel. Outro elemento também destacado é a influência da ideologia marxista-leninista e do movimento comunista internacional nesse processo. Em meio ao período da Guerra Fria, o mundo estava dividido em dois polos principais, capitalista e socialista, encabeçados, respectivamente, pelos EUA e URSS. Nesse contexto os países e povos do chamado terceiro mundo se viram em meio a essa disputa, e o auxílio teórico, politico e militar da URSS foi determinante para a consolidação das lutas anticoloniais e de libertação nacional no contexto pós-guerra. Agostinho, Cabral e Machel se identificavam como marxista-leninistas, e seus movimentos procuraram seguir os preceitos teóricos dessa ideologia, ainda que muitas vezes procurassem adaptá-los à realidade de seus países. A construção de uma sociedade africana emancipada e socialista era o objetivo, de modo a garantir a melhora das condições de vida da população e ao mesmo tempo romper com os regimes racistas colonialistas europeus na África. Desse modo, pretende-se utilizar do estudo desse período histórico e de suas lideranças para apresentar o povo africano como sujeito de sua própria história, lideranças essas não apenas no aspecto político e militar, mas sobretudo intelectual e até mesmo carismático, a medida que souberam mobilizar e organizar as massas de seus respectivos países em prol de um objetivo comum, a libertação e emancipação nacional.