Tituba e a voz dos silenciados: revisitando a história em Moi, Tituba, sorcière noire de Salem

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Nome da universidade/Departamento

Colégio Pedro II/PROPGPEC

Programa de Formação

Especialização em Ensino de Francês

Local

Rio de Janeiro

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Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar um romance da autora guadalupense Maryse Condé, Moi, Tituba, sorcière noire de Salem, e discutir o interesse pedagógico que a obra pode suscitar para o ensino do francês no Brasil. A autora de língua francesa reflete em sua escrita a busca pela identidade de sua terra natal, um território francês marcado por um passado de colonização e escravidão. Em Moi, Tituba, sorcière noire de Salem, obra que faz referência ao julgamento histórico de bruxas da cidade de Salem a partir de 1962, a autora se apropria de uma personagem histórica para dar voz a grupos silenciados pela história, principalmente aqueles originários de povos africanos escravizados. Esse ponto dialoga com aspectos da história do Brasil, e podem ser explorados para fomentar discussões sobre racismo, direitos humanos e diversidade cultural nas escolas brasileiras, o que segue as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Tais discussões demonstram como o ensino do francês, muito tempo voltado para o estudo da cultura da França, pode abordar temas que dialogam com nossa cultura. Para a realização do trabalho, busquei fontes que tratam da obra e da carreira de Maryse Condé, citando também reflexões de Cyana Lehady-Dios, que fala da educação cidadã através da literatura, e trechos da BNCC.

Resumé

Ce travail a pour objectif de présenter un roman de l’auteure guadeloupéenne Maryse Condé, Moi, Tituba, sorcière noire de Salem, et de discuter de l’intérêt pédagogique que l’œuvre peut susciter pour l’enseignement du français au Brésil. L’auteure francophone reflète dans son écriture la quête d’identité de sa terre natale, un territoire français marqué par un passé de colonisation et d’esclavage. Dans Moi, Tituba, sorcière noire de Salem, œuvre qui fait référence au procès historique des sorcières de la ville de Salem à partir de 1692, l’auteure s’approprie un personnage historique pour donner la parole à des groupes réduits au silence par l’histoire, notamment ceux issus des peuples africains réduits en esclavage. Ce point entre en résonance avec certains aspects de l’histoire du Brésil et peut être exploité pour susciter des discussions sur le racisme, les droits humains et la diversité culturelle dans les écoles brésiliennes, conformément aux directives de la Base Nacional Comum Curricular (BNCC). De telles discussions montrent comment l’enseignement du français, longtemps centré sur l’étude de la culture de la France héxagonale, peut aborder des thématiques en lien avec notre propre culture. Pour la réalisation de ce travail, j’ai consulté des sources traitant de l’œuvre et de la carrière de Maryse Condé, et j’ai cité également des réflexions de Cyana Lehady-Dios, qui évoque l’éducation citoyenne à travers la littérature, ainsi que des extraits de la BNCC.

Descrição

Palavras-chave

Língua francesa - Estudo e ensino, Condé, Maryse, 1937-2024. Moi, Tituba sorcière, noire de Salem, Escravidão, Brasil - História, Brasil - Cultura

Citação

LEAL, Daniel Bonfim. Tituba e a voz dos silenciados: Revisitando a história em Moi, Tituba, sorcière noire de Salem. 2025. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Ensino de francês) – Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, 2025.

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