Caderno de memórias: registros e vivências / Giovanna Rita Rabelo de Matos Silva Arruda

Abstract

O trabalho “Caderno de Memórias: Registros e Vivências” reflete uma travessia formativa em que arte, educação e afetos se entrelaçam. Inspirado por artistas como Anna Bella Geiger, propõe o caderno de artista como espaço poético e pedagógico, capaz de registrar, ressignificar e reinventar experiências vividas na pós-graduação de Saberes e Fazeres do Ensino de Artes Visuais do Colégio Pedro II. Entre salas de aula, museus, ateliês e encontros, a autora constrói uma cartografia de si, onde microespaços, gestos e materiais se tornam portadores de memória. As páginas guardam vozes, silêncios, texturas e cores que ultrapassam o produto final, valorizando o processo e a dimensão sensível. A narrativa costura teoria e prática, público e íntimo, revelando que o Ensino da Arte também é cultivar territórios de escuta e invenção. Assim, o caderno torna-se abrigo e resistência, preservando o invisível e celebrando o efêmero. Ao folheá-lo, reencontram-se não apenas fatos, mas a atmosfera viva de um percurso, onde lembrar é criar e criar é permanecer.

The work “Notebook of Memories: Records and Experiences” reflects a formative journey in which art, education, and affect intertwine. Inspired by artists such as Anna Bella Geiger, it proposes the artist’s notebook as a poetic and pedagogical space, capable of recording, reframing, and reinventing lived experiences within the Postgraduate Program Saberes e Fazeres do Ensino de Artes Visuais at Colégio Pedro II. Moving through classrooms, museums, studios, and encounters, the author constructs a cartography of the self, where micro-spaces, gestures, and materials become bearers of memory. Its pages hold voices, silences, textures, and colors that transcend the final product, privileging process and the sensitive dimension. The narrative interlaces theory and practice, the public and the intimate, revealing that the teaching of art is also about cultivating territories of listening and invention. Otherwise, the notebook becomes both shelter and resistance, preserving the invisible and celebrating the ephemeral. Leafing through it, one finds not merely facts, but the living atmosphere of a path, where remembering is creating and creating is remaining.