Jogos musicais e o estímulo cognitivo em adolescentes

Abstract

Este trabalho aborda a importância do uso de jogos musicais diversos para promover estímulos cognitivos em adolescentes dos anos finais do ensino fundamental. A partir da definição dessa temática, pretende-se atingir os seguintes objetivos específicos: realizar um levantamento bibliográfico que aborde a utilização de jogos no processo educacional de adolescentes; refletir sobre a adolescência enquanto período da formação humana no qual se situam os estudantes dos anos finais do ensino fundamental; e propor jogos musicais que possam ser utilizados nesse segmento de ensino e que contribuam para o desenvolvimento cognitivo e musical dos estudantes. A metodologia utilizada para a construção de postulados e reflexões foi da pesquisa bibliográfica. O referencial teórico considera os efeitos dos jogos no aprendizado de crianças da educação infantil (VIGOTSKI, 2021) e até mesmo os efeitos em recuperação cognitiva em idosos (LARA et al., 2017), buscando aplicar as propostas e ideias no segmento objeto de estudo deste trabalho. O interesse pela temática surgiu a partir da observação de dificuldades recorrentes em estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, durante a primeira experiência docente da autora, percepção partilhada também por outros professores e comprovadas em pesquisa recente, a respeito da defasagem cognitiva em adolescentes após a Pandemia de Covid-19 (SILVA et al., 2022). A partir da reflexão empreendida, que demonstrou que os jogos podem ser importantes ferramentas para o desenvolvimento cognitivo de adolescentes, foram propostos seis jogos musicais analógicos, baseados em propostas já conhecidas pelos estudantes (como jogo da memória, jogos de tabuleiros e Adedonha), mas adaptados ao trabalho pedagógico musical. Dessa forma, ao mesmo tempo em que se diverte, o aluno estimula aspectos cognitivos de sua formação, e reforça conteúdos musicais diversos. Esperamos, com este trabalho, contribuir para a ampliação do uso de jogos também nos anos finais do ensino fundamental, incentivando professores e pesquisadores a desenvolverem novas propostas.