O ensino de história e as permanências do imaginário anticomunista na educação básica

Abstract

O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre as construções e permanências do imaginário anticomunista em manuais didáticos voltados para ensino de História na educação básica. Foram analisadas as relações entre regimes de governo no poder e narrativas referentes às revoltas de novembro de 1935 nos referidos manuais, especialmente durante a Era Vargas e a ditadura militar brasileira. Por fim, verificou-se que o fato histórico foi representado por variadas abordagens depreciativas, sendo as mesmas influenciadas por intencionalidades específicas principalmente de religiosos católicos, militantes integralistas e militares, sendo as mesmas incorporadas ao ensino de História.

This work aims to reflect on the constructions and permanencies of the anti-communist imagination in textbooks aimed at teaching history in basic education. The relationships between government regimes in power and narratives referring to the November 1935 revolts in the referred manuals were analyzed, especially during the Vargas era and the Brazilian military dictatorship. Finally, it was found that the historical fact was represented by various derogatory approaches, which were influenced by specific intentions mainly of Catholic religious, integralist militants and military, which were incorporated into the teaching of History.