A trajetória curricular da língua espanhola como disciplina no Colégio de Aplicação da UFRJ

Abstract

Este trabalho objetiva apresentar o percurso disciplinar da língua espanhola no Colégio de aplicação da UFRJ até o presente momento, refletindo sobre como a disciplina teve seu caminho afetado principalmente por fatores externos à instituição. As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006) defenderam que o ensino de língua estrangeira nas escolas deveria contribuir com a formação crítica e a autonomia dos estudantes, levando-os a encontros culturais e promovendo sua educação linguística, discursiva e intercultural. Com a sanção da lei 13.415/2017, conhecida como “o Novo Ensino Médio”, algumas modificações se estabeleceram, gerando incertezas principalmente para os professores de língua espanhola na Educação Básica, já que a lei 11.161/2005, conhecida como “a Lei do Espanhol”, foi revogada. Segundo Goodson (2008), quando há uma sensação de crise no mercado de trabalho, os tipos de “conhecimento” que se valorizam começam a ser questionados. Por essa razão, as propostas de mudança educacional representam uma aliança de interesses e projetos que se reúnem em um determinado momento. Diante do atual cenário, entendemos, como Costa (2017), que o Novo Ensino Médio desconsidera a perspectiva multilinguista que se estava construindo nos últimos anos nesse nível de ensino. Portanto, também trataremos do percurso percorrido pela língua espanhola nas mudanças educacionais brasileiras. Por meio da análise gerada a partir desses panoramas históricos, pretendermos contribuir com a compreensão do atual cenário e com a elaboração de estratégias e argumentos para a manutenção dessa disciplina no interior das escolas.

Este trabajo tiene como objetivo presentar el recorrido disciplinario de la lengua española en el Colegio de Aplicación de la UFRJ hasta el presente momento, reflexionando sobre cómo la disciplina tuvo su camino afectado principalmente por factores externos a la institución. Las Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006) defendieron que la enseñanza de lengua extranjera en las escuelas debería contribuir con la formación crítica y la autonomía de los estudiantes, llevándolos a encuentros culturales y promoviendo su educación lingüística, discursiva e intercultural. Con la sanción de la ley 13.415 / 2017, conocida como "o Novo Ensino Médio", algunas modificaciones se establecieron, generando incertidumbres principalmente para los profesores de lengua española en la Educación Básica, porque se revocó la ley 11.161 / 2005, conocida como "a Lei do Espanhol”. Según Goodson (2008), cuando hay una sensación de crisis en el mercado de trabajo, los tipos de "conocimiento" que se valoran empiezan a ser cuestionados. Por esta razón, las propuestas de cambio educativo representan una alianza de intereses y proyectos que se reúnen en un determinado momento. Ante el actual escenario, entendemos, como Costa (2017), que los cambios propuestos por la ley 13.415/2017 desconsideran la perspectiva multilingüe que se estaba construyendo en los últimos años en ese nivel de enseñanza. Por lo tanto, también trataremos del recorrido por la lengua española en las mudanzas educativas brasileñas. A través del análisis generado a partir de esos panoramas históricos, pretendemos contribuir con la comprensión del actual escenario y con la elaboración de estrategias y argumentos para el mantenimiento de esa disciplina dentro de las escuelas.