Corpos invadidos: o desafio da psicomotricidade para trabalhar com corpos femininos violados em suas existências

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

Coorientador

relationships.isEditorOf

relationships.isOrganizerOf

relationships.isIllustratorOf

relationships.isTranslatorOf

relationships.isCoordinatorOf

Nome da universidade/Departamento

Colégio Pedro II/PROPGPEC

Programa de Formação

Especialização em Educação Psicomotora

Local

Rio de Janeiro

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Esta pesquisa, de caráter bibliográfico, tem como objetivo evidenciar os desafios da psicomotricidade no tratamento de mulheres vítimas de violência, a partir da contribuição teórica de Judith Butler, Françoise Dolto, Bernard Aucouturier, e Bessel Van der Kolk. A partir de Butler (1993), compreende-se o corpo como um campo político e vulnerável, cuja violência sofrida expressa formas de dominação estrutural. Dolto (1986) reforça a importância da constituição da imagem corporal como base para o desenvolvimento emocional, enquanto Aucouturier (2007) valoriza o jogo simbólico e o movimento como vias de expressão profunda e reconstrução do sujeito. Kolk (2020), por sua vez, demonstra como o trauma se inscreve no corpo, exigindo práticas terapêuticas que integrem o sensorial, o afetivo e o motor. A psicomotricidade, no contexto clínico ou educacional, ao unir aspectos corporais, emocionais e cognitivos, oferece estratégias significativas para a ressignificação do corpo vivido, contribuindo para a recuperação da identidade, da autoestima e da autonomia dessas mulheres. Conclui-se que trabalhar com o corpo por meio da expressão não-verbal, envolvendo bons afetos e a alegria que a psicomotricidade torna possível, pode representar um caminho potente para romper o silêncio construído por corpos de mulheres violados que, por proteção, calaram se durante anos diante de tantas violências sofridas.

Abstract

This bibliographical research aims to highlight the challenges of psychomotricity in the treatment of women victims of violence, based on the theoretical contributions of Judith Butler, Françoise Dolto, Bernard Aucouturier, and Bessel Van der Kolk. Butler (1993) understands the body as a political and vulnerable field, whose suffered violence expresses forms of structural domination. Dolto (1986) reinforces the importance of constituting body image as a basis for emotional development, while Aucouturier (2007) values symbolic play and movement as avenues for profound expression and reconstruction of the individual. Kolk (2020), in turn, demonstrates how trauma is inscribed in the body, requiring therapeutic practices that integrate the sensory, affective, and motor domains. Psychomotricity, in a clinical or educational context, by uniting bodily, emotional, and cognitive aspects, offers significant strategies for redefining the lived body, contributing to the recovery of identity, self-esteem, and autonomy for these women. It is concluded that working with the body through nonverbal expression, involving good feelings and the joy that psychomotricity makes possible, can represent a powerful path to breaking the silence constructed by violated women's bodies who, out of self-protection, remained silent for years in the face of so much violence.

Descrição

Palavras-chave

Psicomotricidade - Estudo e ensino, Violência contra mulheres, Imagem corporal - Aspectos psicológicos, Trauma psíquico

Citação

OLIVEIRA, Jéssica Almeida de. Corpos invadidos: o desafio da psicomotricidade para trabalhar com corpos femininos violados em suas existências. 2025.Artigo Científico (Especialização em Educação Psicomotora) – Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Colégio Pedro II, Rio de Janeiro, 2025.

Fonte externa

Documento relacionado

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por

Este item está licenciado na CC BY-NC-SA 4.0