Adultos e crianças de 0 a 2 anos: o que os corpos falam enquanto brincam livremente em uma creche?

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Colégio Pedro II/PROPGPEC

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Especialização em Educação Psicomotora

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Rio de Janeiro

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Resumo

Esta monografia aborda o tema do corpo e as manifestações infantis em propostas de brincar livre nos espaços escolares. Tem como objetivo geral repensar o processo histórico do lugar do corpo na escola, questionando ações que reprimem o corpo e buscando perceber as possibilidades dos movimentos corporais no cotidiano de uma creche, com crianças até dois anos. Dessa forma, servir de reflexão para professores em exercício da docência acerca do que o corpo está querendo dizer que pode passar despercebido no olhar do adulto que interage com a criança, lançando um olhar crítico para as práticas que docilizam os movimentos corporais em busca de disciplina e poder, e trazer à discussão a potência que o corpo possui no processo educacional e que podem ser percebidas quando brincam livremente. Como principais referenciais teóricos, traz a contribuição, na Filosofia, de Michel Foucault (1987), com o conceito de docilização dos corpos, e Larrosa (2002), com o conceito de experiência. Outros autores, na área da Pedagogia e Psicomotricidade são utilizados para enriquecer as reflexões, como Oswald (2011) e Tiriba (2008) na Pedagogia, e Lapierre e Aucouturier (2004) e Mastrascusa e Franch (2016) na Psicomotricidade. Nesse contexto, realizo uma crítica sobre a urgência de criarmos condições para que as crianças possam se expressar através dos seus corpos, entendendo essa manifestação como sua principal linguagem na tenra infância, principalmente quando podem brincar livremente nestes espaços. As discussões passam pela escuta também do corpo do professor. Silva (2012) contribui com essa reflexão para pensar os processos de docilização que esses corpos adultos também viveram em suas experiências pessoais e que são reproduzidos nas práticas escolares com as crianças. Nessa relação do corpo do adulto com as crianças, houve a observação de campo, efetivando o estudo também em campo empírico, realizado durante cinco semanas em uma escola particular da zona sul da cidade do Rio de Janeiro, a partir da observação da prática de uma turma com crianças com idade entre um ano e meio e dois anos e meio. As análises proporcionaram a reflexão sobre uma relação dialógica entre crianças e adultos, valorizando a expressão corporal infantil, ressaltando a importância do professor dar visibilidade às expressões das crianças de modo a contribuir para sua aprendizagem significativa por meio de experiências, e buscando uma ruptura das práticas corporais repressoras que são encontradas em diversas instituições escolares devido às concepções de infância obsoletas.

Abstract

This monograph addresses the theme of the body and children's expressions through free play activities within school settings. Its general objective is to rethink the historical treatment of the body in schools, questioning actions that repress physical expression and exploring the potential of bodily movements in the daily life of a daycare center with children up to two years old. It seeks to serve as a reflection for in-service teachers regarding what children's bodies may be trying to communicate—messages often overlooked by adults—and casts a critical eye on practices that domesticate bodily movements in the pursuit of discipline and control. The discussion emphasizes the power of the body in the educational process, which can be observed during moments of free play. The study draws on key theoretical contributions, notably Michel Foucault (1987) in Philosophy with the concept of the "docile body," and Jorge Larrosa (2002) with the notion of experience. Additional contributions from Pedagogy and Psychomotricity—such as Oswald (2011), Tiriba (2008), Lapierre and Aucouturier (2004), and Mastrascusa and Franch (2016)—enrich the reflection. In this context, the research advocates for creating environments that allow children to express themselves through their bodies, recognizing such expression as their primary language in early childhood, especially through free play. The discussion also includes the bodily awareness of teachers themselves. Silva (2012) contributes to this reflection by considering how adult bodies have also undergone processes of docilization in their personal histories, which are often reproduced in school practices. The empirical part of the study was carried out through field observation over five weeks at a private school in the southern zone of Rio de Janeiro, focusing on a class of children aged between one and a half and two and a half years old. The analysis revealed a dialogical relationship between children and adults, emphasizing the value of children's bodily expression and the importance of educators giving visibility to these expressions to foster meaningful learning through lived experiences. The study calls for a break with repressive bodily practices rooted in outdated conceptions of childhood still found in many educational institutions.

Descrição

Palavras-chave

Educação psicomotora - Estudo e ensino, Corpo e mente, Brincadeiras, Infância, Expressão

Citação

CARNEVALE, Jéssica. Adultos e crianças de 0 a 2 anos: o que os corpos falam enquanto brincam livremente em uma creche? 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Educação Psicomotora) – Colégio Pedro II, Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Rio de Janeiro, 2019.
CARNEVALE, Jéssica. Adultos e crianças de 0 a 2 anos: o que os corpos falam enquanto brincam livremente em uma creche? 2019. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Educação Psicomotora) – Colégio Pedro II, Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Rio de Janeiro, 2019.

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