“Professor, posso inventar qualquer história?”: práticas de interpretação e produção de sentidos a partir de um projeto de identidade e história local
Carregando...
Arquivos
Data
Orientador
Coorientador
Editor
Organizador
Ilustrador
Tradutor
Coordenador
Nome da universidade/Departamento
Colégio Pedro II/PROPGPEC
Programa de Formação
Especialização em Ensino de História
Local
Rio de Janeiro
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Este trabalho propõe uma sequência didática para a disciplina escolar de História, tomando o seu conteúdo curricular como referência e suporte narrativo para estimular práticas de leitura e significação contextual, que sempre aponte a incontingência dos significados e esteja ciente de que não se encerrará em si, mas que sempre dialogará num jogo entre o contexto presumido na enunciação de um discurso original e o contexto de leitura e interpretação do sujeito. Apresento a monografia que embasará teoricamente esses planos de aula a partir da teoria curricular que trabalha currículo enquanto texto, enquanto discurso normativo que busca sancionar projetos e modelos para os sujeitos se reconhecerem na cultura, limitando processos de diferenciação. A teoria do discurso utilizada nesse trabalho segue a teoria da decisão política proposta por Ernesto Laclau, na qual defende que é por meio do discurso que se constitui o processo hegemônico capaz de interditar o livre fluxo de significados nos significantes, mas a dimensão textual do mundo é sempre contingente e sujeita a interpretações contextuais presumíveis mas nunca controláveis. Seguindo os trabalhos de Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo, considerando como projetos, reconhecimento e contextualização são tentativas de suturar a contingência ontológica do processo de interpretação, são tentativas de controle da significação do mundo e de controle do imprevisto/do risco quanto ao sucesso de processos educativos e alcance da dita educação de qualidade, seja por meio dos sistemas centralizados de avaliação, pela organização curricular por competências ou também por meio do significante conhecimento. A educação defendida aqui, contudo, deve se estruturar justamente sobre tal vulnerabilidade para dar visibilidade a experiências de estar com o outro.
Abstract
This work proposes a didactic sequence for the school discipline of History, taking its curricular content as a reference and narrative support to stimulate reading practices and contextual meaning, which always points out the incontingency of meanings and is aware that it will not end in itself, but that will always dialogue in a game between the context assumed in the enunciation of an original discourse and the context of reading and interpretation of the subject. I present the monograph that will theoretically base these lesson plans from the curriculum theory that works curriculum as a text, as a normative discourse that seeks to sanction projects and models for subjects to recognize themselves in culture, limiting differentiation processes. The discourse theory used in this work follows the political decision theory proposed by Ernesto Laclau, in which he argues that it is through discourse that the hegemonic process is constituted, capable of interdicting the free flow of meanings in the signifiers, but the textual dimension of the world it is always contingent and subject to presumptive but never controllable contextual interpretations. Following the works of Alice Casimiro Lopes and Elizabeth Macedo, considering how projects, recognition and contextualization are attempts to suture the ontological contingency of the interpretation process, they are attempts to control the meaning of the world and to control the unforeseen / risk regarding the success of educational processes and the reach of said quality education, either through centralized assessment systems, through curricular organization by skills or also through significant knowledge. The education advocated here, however, must be structured precisely on such vulnerability to give visibility to experiences of being with the other.
Descrição
Palavras-chave
História - Estudo e ensino, Currículos, Teoria do discurso, Produção de sentidos, Hegemonia
Citação
CASTRO, João Henrique Ferreira de. “Professor, posso inventar qualquer história?”: práticas de interpretação e produção de sentidos a partir de um projeto de identidade e história local. 2020. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Ensino de História) – Colégio Pedro II, Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Rio de Janeiro, 2020.
Fonte externa
Documento relacionado
Coleções
Avaliação
Revisão
Suplementado Por
Referenciado Por
Este item está licenciado na CC BY-NC-SA 4.0 




