O trabalho de campo de geografia escolar como ferramenta de ressignificação do lugar para estudantes periféricos: uma proposta a partir do bairro carioca de Santa Cruz

Abstract

A importância do trabalho de campo para a Geografia é inconteste. Falando mais especificamente da Geografia Escolar, o trabalho de campo como método didático permite um enorme ganho no processo de ensino-aprendizagem que realmente busque a aprendizagem significativa por parte dos alunos, pois abrem-se como possibilidades a averiguação de conceitos teóricos abordados em sala de aula, a ampliação do espaço vivido, a complexificação da visão de mundo dos discentes, a ressignificação do lugar, entre outras oportunidades. O presente trabalho tem por objetivo analisar o trabalho de campo de Geografia como método didático que busca a ressignificação do lugar para alunos residentes em área periférica da cidade e elaborar uma proposta de uma sequência de trabalhos de campo no bairro carioca de Santa Cruz, localizado no extremo oeste do município do Rio de Janeiro. A relevância social desta pesquisa encontra-se na concepção do trabalho de campo como prática espacial insurgente de ressignificação do lugar em áreas periféricas, o que pode mudar a percepção dos discentes sobre seu próprio espaço vivido, aumentando o sentimento de pertencimento ao bairro, aguçando o pensamento crítico e empoderando-os com a noção de que suas ações socioespaciais podem melhorar a qualidade de vida deles próprios e de suas comunidades. Trata-se de uma pesquisa exploratória, na qual buscaremos explorar a ressignificação da relação de pertencimento entre os alunos participantes e seu espaço de vivência, seu lugar, na escala local, do bairro.