Serpentes na educação infantil: propostas para trabalhar a temática

Abstract

A educação ambiental e o ensino de ciências, na educação infantil, são previstos legalmente, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da educação infantil (DCNEI), apontando que nessa fase, a criança desperta a curiosidade e interesse pelo mundo a sua volta, principalmente em assuntos cativantes, como as ciências e a natureza. As serpentes (subfamília Serpentes, ordem Squamata, classe Reptilia) são um grupo fascinante de répteis, vítimas de estigma negativo, influenciado por produções culturais, como filmes, livros e a mitologia. Outro efeito negativo da desinformação sobre esse grupo são os constantes acidentes, que vitimizam tanto pessoas, principalmente por se tratar de um grupo com diversas espécies peçonhentas, quanto os próprios animais, muitas vezes caçados e mortos pelo estigma e desinformações citados, causando todo um desequilíbrio ecológico. No âmbito escolar, esses animais são trabalhados, de forma rasa, nas etapas do ensino fundamental, e ensino médio, em assuntos como cadeias alimentares, evolução e biotecnologia, relacionado a produção dos soros antiofídicos, no entanto alguns trabalhos já versam sobre a inserção do conteúdo na educação infantil, das mais diferentes formas. Este trabalho se baseia na experiência do autor no trabalho com educação ambiental na educação infantil, contando com alguns espécimes de animais, sendo elas duas espécies de serpentes (Boa constrictor e Lampropeltis californiae), focando na desmistificação, respeito e admiração com esses animais. A proposta consiste em três sugestões de aulas para abordar a temática na educação infantil, sendo elas: As serpentes e a biodiversidade – focado na preservação desses (e outros) animais; As serpentes e a cadeia alimentar – focando na interação delas com outros animais (quebrando o estigma de predador vilão); As serpentes e a cultura – trazendo a importância folclórica desses animais.