A presença do gênero feminino no material didático de matemática
Carregando...
Data
Autor
Orientador
Coorientador
Editor
Organizador
Ilustrador
Tradutor
Coordenador
Nome da universidade/Departamento
Colégio Pedro II/PROPGPEC
Programa de Formação
Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional
Local
Rio de Janeiro
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Qual o tipo de presença do gênero feminino no material didático usado em sala de aula e de que forma esse material estimula a participação feminina na área de exatas? Estes são os questionamentos a que a nossa pesquisa pretende dar resposta. Diante da importância e influência que o material didático tem na reprodução e manutenção de estereótipos sociais, foi feito um levantamento de questões-problema contextualizadas que são propostas nos cadernos pedagógicos da Rede Municipal de Ensino do RJ e, também, em cinco coleções de livros didáticos do PNLD utilizados na Rede Pública e Rede Privada de Ensino. Após análise, foi possível concluir que a referência masculina é sempre superior à feminina, tanto quantitativa como qualitativamente. A referência predominante é do papel da mulher no meio familiar relacionado à alimentação e a situações que dizem respeito à execução de tarefas domésticas que se enquadram na esfera social e no domínio privado. Em contrapartida, as referências ao gênero masculino são, em sua maioria, situações julgadas ser masculinas culturalmente, que envolvem atividade física, força e posse, predominantes da esfera pública. A escola acaba por reproduzir os estereótipos sociais e reforçar as desigualdades, pois instaura as mulheres como seres frágeis, subjetivos, “irracionais”, ilógicos, centradas em suas emoções e incapazes de serem boas em matemática. E, posiciona os homens como seres racionais (afeitos à razão), capacitados para o raciocínio, para o mundo dos negócios, para o gerenciamento de suas vidas e, muitas vezes, das vidas das mulheres, sendo naturalmente bons em matemática. O caminho para impedir que estereótipos sobre homens e mulheres desestimulem meninas a seguir carreira na área de exatas é manter um diálogo aberto com as crianças desde a infância.
Abstract
What is the type of presence of the female gender in the teaching material used in the classroom and how does this material stimulate female participation in the area of exact? These are the questions that our research intends to answer. Given the importance and influence that didactic material has on the reproduction and maintenance of social stereotypes, a survey of contextualized problem-questions was proposed, which are proposed in the pedagogical notebooks of the Municipal Teaching Network of Rio de Janeiro and also in five collections of textbooks of the PNLD used in the Public Network and Private Education Network. After analysis, it was possible to conclude that the male reference is always superior to female, both quantitatively and qualitatively. The predominant reference is the role of women in the family environment related to food and situations that concern the execution of household tasks that fall into the social sphere and the private domain. On the other hand, references to the masculine gender are, in the majority, situations considered masculine culturally, that involve physical activity, force and possession, predominant of the public sphere. The school ends up reproducing social stereotypes and reinforcing inequalities, since it establishes women as fragile, subjective, "irrational", illogical, emotionally centered and incapable of being good at mathematics. And, it positions men as rational beings, capable of reasoning, for the business world, for the management of their lives, and often for the lives of women, who are naturally good at mathematics. The way to prevent stereotypes about men and women from discouraging girls to pursue a career in the field of accuracy is to maintain an open dialogue with children from childhood.
Descrição
Palavras-chave
Matemática (Ensino fundamental) - Estudo e ensino, Identidade de gênero na educação, Material didático, Protagonismo feminino, Representatividade
Citação
ELIAS, Natália Cardozo. A presença do gênero feminino no material didático da matemática. 2019. Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional) – Colégio Pedro II, Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, Rio de Janeiro, 2019.
Fonte externa
Documento relacionado
Avaliação
Revisão
Suplementado Por
Referenciado Por
Este item está licenciado na CC BY-NC-SA 4.0 




