Por que liberdade?: reflexões sobre o ensino de artes visuais

Abstract

Neste estudo, analisamos o ensino de Artes Visuais como prática de liberdade e emancipação no contexto da educação pública brasileira. Para tanto, fundamenta-se em ideias de Paulo Freire e Hélio Oiticica a fim de pensar a arte como meio de expressão autêntica e de construir uma discussão acerca da autonomia dos educandos. Neste sentido, examinamos a Pedagogia da Autonomia, a importância da imaginação e o papel das poéticas visuais no estímulo à reflexão crítica e à desconstrução de valores hegemônicos. Ademais, abordamos também a relevância da arte como dispositivo para resistir a normas rígidas, valorizar o ordinário e fomentar subjetividades criativas. Por fim, defendemos que o ensino de Artes Visuais, ao promover a experimentação, a liberdade e a participação ativa, contribui para a formação de sujeitos críticos, autônomos e engajados socialmente, ampliando as possibilidades de transformação cultural e social desde o interior da educação.

In this study, we analyze the teaching of Visual Arts as a practice of freedom and emancipation within the context of Brazilian public education. To this end, it is grounded in the ideas of Paulo Freire and Hélio Oiticica in order to conceive art as a means of authentic expression and to develop a discussion on students’ autonomy. In this sense, we examine the pedagogy of autonomy, the importance of imagination, and the role of visual poetics in fostering critical reflection and the deconstruction of hegemonic values. Furthermore, we address the relevance of art as a tool to resist rigid norms, value the ordinary, and nurture creative subjectivities. Finally, we argue that the teaching of Visual Arts—by promoting experimentation, freedom, and active participation—contributes to the formation of critical, autonomous, and socially engaged individuals, expanding the possibilities for cultural and social transformation from within education.