Mudanças trazidas com as leis 10639/2003 e 11645/2008, a omissão da retomada de Luanda (1648) nos livros didáticos e um relato de experiência sobre a receptividade dos alunos de uma aula de temática africana

Abstract

Este artigo é um trabalho de conclusão do curso de Especialização em Ensino de História da África do Colégio Pedro II. Objetiva fazer um estudo a respeito do progresso e da afirmação das leis 10639/2003 e 11645/2008, que tornam obrigatório incluir aspectos da história e cultura afro-brasileira e indígena nos conteúdos trabalhados em sala de aula em todas as escolas da rede pública e particular do ensino fundamental e médio. Sendo assim, fizemos um estudo de caso, a retomada do porto de Luanda feita pelo governador da capitania do Rio de Janeiro, Salvador Correia de Sá (1648) e uma análise quantitativa dos temas negros contidos em quatro livros didáticos para investigarmos se houve aumento dessa temática, a partir da promulgação das referidas leis. Apresentamos um relato de experiência sobre uma vivência de aula de tema afro, onde o corpo discente demonstrou grande receptividade e interesse. Queremos contribuir com a luta para diminuir o eurocentrismo nos currículos priorizando a inclusão de mais temas Afro-Brasileiros em nossos livros.