O livro didático no ensino de E/LE: a (não) presença da literatura na coleção Aula Internacional

Abstract

Os livros didáticos, em muitos contextos, ainda têm uma forte presença nas aulas de Espanhol como Língua Estrangeira, o que faz com que, por vezes, sejam um dos únicos materiais implementados no processo de ensino. Entretanto, sabemos que nenhum material didático é perfeito para todos os cenários e todos os alunos, o que faz com que sua adaptação, ocasionalmente, seja necessária. Além disso, quando se trata da presença do texto literário nesses materiais é possível dizer que é preciso que sejamos críticos, a fim de perceber se seu uso explora o valor estético ou se é implementado de maneira puramente utilitarista. Tendo isso em vista, acreditamos que, nós, enquanto professores, devemos estar conscientes em relação ao material que utilizamos. Assim sendo, o presente trabalho monográfico propõe uma reflexão sobre o uso da literatura nas aulas de E/LE, através dos materiais didáticos, sempre defendendoa para além do uso utilitarista, mas sim como um caminho para desenvolver nossa sensibilidade e um potente input linguístico e cultural. Ainda com o fito de refletir sobre o emprego do texto literário, realizaremos uma análise quanti-qualitativa tendo como objeto algumas unidades presentes na coleção de manuais Aula Internacional, da editora espanhola Difusión, que se insere atualmente dentro de um espaço para formação de professores, o CLAC, Curso de Línguas Aberto à Comunidade, oferecido pela Faculdade de Letras da UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao final de nossa análise, será apresentada uma atividade de acordo com as discussões levantadas ao longo deste estudo, a partir do texto literário. Para realizar essa pesquisa, nos baseamos em Bartolomeu Campos de Queirós (2008), Alves (2012) e Candido (2004) para pensar um letramento literário que permita uma maior aproximação entre aluno e sensibilidade. Para tratar a presença do texto literário nos materiais didáticos, nos fundamentamos, principalmente, em Cosson (2006), Fillola (2002, 2004) e Santos (2005, 2006), autora que também nos serviu de base para a criação da atividade final.

Los libros de texto, en muchos contextos, todavía tienen una fuerte presencia en las clases de Español como Lengua Extranjera (ELE), lo que hace que, en ocasiones, sean el único recurso implementado en el proceso de enseñanza. Sin embargo, sabemos que ningún material didáctico es perfecto para todos los escenarios ni para todos los estudiantes, lo que hace que su adaptación sea, a veces, necesaria. Además, cuando se trata de la presencia del texto literario en estos materiales, es posible afirmar que debemos ser críticos para percibir si su uso explora el valor estético o si se implementa de manera puramente utilitaria. Teniendo esto en cuenta, creemos que nosotros, como docentes, debemos ser conscientes del material que utilizamos. Así, este trabajo monográfico propone una reflexión sobre el uso de la literatura en las clases de ELE a través de los materiales didácticos, siempre defendiéndola más allá de un enfoque utilitarista, considerándola un camino para desarrollar nuestra sensibilidad y como una fuente potente de input lingüístico y cultural. Con el objetivo de reflexionar sobre el uso del texto literario, realizaremos un análisis cuanti-cualitativo de algunas unidades presentes en la colección de manuales Aula Internacional, de la editorial española Difusión, utilizada actualmente en un espacio de formación docente: el CLAC (Curso de Lenguas Abierto a la Comunidad), ofrecido por la Facultad de Letras de la UFRJ (Universidad Federal de Río de Janeiro). Al final del análisis, se presentará una actividad didáctica en consonancia con las discusiones desarrolladas a lo largo del estudio, a partir de un texto literario. Para llevar a cabo esta investigación, nos basamos en Bartolomeu Campos de Queirós (2008), Alves (2012) y Candido (2004), con el fin de reflexionar sobre una alfabetización literaria que permita una mayor aproximación entre el alumno y la sensibilidad. Para tratar la presencia del texto literario en los materiales didácticos, nos fundamentamos principalmente en Cosson (2006), Fillola (2002, 2004) y Santos (2005, 2006), autora que también sirvió de base para la creación de la actividad final.