Luz, câmera e (cri)ação: o cinema como ferramenta didática para as aulas de espanhol como língua estrangeira

Abstract

Esta pesquisa propõe, através de uma análise qualitativa, uma reflexão sobre o uso do cinema em sala de aula e objetiva contribuir para o trabalho docente na escola, com ênfase no ensino de Espanhol como língua estrangeira. Em sua vertente analítica, o presente trabalho busca, junto ao implemento intelectual da criticidade, expor a relevância do cinema enquanto arte para o desenvolvimento da sensibilidade. A partir desta análise, elaborou-se uma sequência didática a partir do filme Machuca (2004), de Andrés Wood, com o intuito de propor novas possibilidades de trabalho para o ensino de Espanhol, de maneira que a linguagem cinematográfica, a experiência estética e seus efeitos, as noções de multiletramentos e letramentos multissemióticos defendidas por Rojo (2009) e a sequência básica apresentada por Cosson (2006) sejam consideradas. No que se refere ao trabalho específico com o cinema em sala de aula, buscou-se apoio em Napolitano (2018), que problematiza o uso do cinema na escola, além de orientar e estimular os docentes a refletirem sobre novas possibilidades de trabalho com uma arte de configuração multissemiótica. Espera-se que, com este trabalho, os docentes de Espanhol e, também, de outras línguas abram-se para novas experiências com o cinema e com outras linguagens artísticas e que se inspirem para elaborar as suas aulas a partir do compartilhamento dessas vivências.

Esta investigación propone, a través de un análisis cualitativo, una reflexión sobre el uso del cine en el aula, con el objetivo de contribuir al trabajo docente en la escuela, con énfasis en la enseñanza del Español como lengua extranjera. En su vertiente analítica, este trabajo busca, junto con el fomento de la criticidad, destacar la relevancia del cine como arte para el desarrollo de la sensibilidad. A partir de este análisis, se elaboró una secuencia didáctica basada en la película Machuca (2004), de Andrés Wood, con el propósito de proponer nuevas posibilidades para la enseñanza del Español, considerando el lenguaje cinematográfico, la experiencia estética y sus efectos, así como las nociones de multialfabetizaciones y alfabetizaciones multisemióticas defendidas por Rojo (2009), y la secuencia básica presentada por Cosson (2006). En lo que respecta al trabajo específico con el cine en el aula, se recurrió al aporte de Napolitano (2018), quien problematiza su uso en la escuela y orienta a los docentes a reflexionar sobre nuevas posibilidades didácticas con un arte de configuración multisemiótica. Se espera que, con este trabajo, los docentes de Español y de otras lenguas se abran a nuevas experiencias con el cine y otras formas artísticas, y que se inspiren para elaborar sus clases a partir del intercambio de estas vivencias.