Apropriações e apreciações para um caderno de artista: o afrofuturismo como potência didática

Abstract

Este trabalho apresenta a construção de um caderno de artista, visualizando o Afrofuturismo como uma ferramenta didática potente para o ensino de artes. A autora, uma professora que atua na rede pública da Baixada Fluminense, reflete sobre uma arte acessível e relevante para crianças periféricas, questionando a predominância de obras eurocêntricas no currículo. O texto aborda a importância da representatividade, buscando formas de engajar os alunos e promover a identificação com a disciplina através de discussões sobre cultura afro, resistência e artistas negros. A pesquisa destaca a trajetória da autora, que, ao retornar aos estudos na pós-graduação no Colégio Pedro II, redescobriu seu propósito na educação, a paixão pelas artes e pelo Afrofuturismo. A técnica principal escolhida para a criação do caderno de artista, foi a colagem, por permitir a reinvenção e a ressignificação de imagens já existentes. Cada colagem é acompanhada de uma reflexão sobre como essas experiências influenciaram a perspectiva da autora, reforçando a necessidade de valorizar a arte periférica e as raízes culturais brasileiras, que muitas vezes são invisibilizadas por uma perspectiva eurocêntrica.