Épura tátil: materiais adaptados aproximando alunos com deficiência visual à geometria descritiva

Abstract

O presente estudo de caso visa à inclusão de um aluno cego congênito (campus São Cristóvão III – Colégio Pedro II) junto aos preceitos da Geometria Descritiva. O sujeito da pesquisa cursa a 2ª série do Ensino Médio na instituição. Basicamente, os trabalhos se desenvolveram por meio de testes com a manipulação de uma épura tátil, confeccionada especialmente como produto educacional. Além deste protótipo, foram elaborados um guia de confecção e utilização do material e uma audioaula de Geometria Descritiva para alunos com deficiência visual. As considerações de Vygotsky (1997) e Gardner (1994) serviram de suporte teórico para se discutirem, respectivamente, as compensações e a inteligência espacial. Algumas produções acadêmicas são também apresentadas com a perspectiva de fomento às novas iniciativas na confecção de materiais adaptados. A pesquisa se pretendeu à produção, experimentação e validação de três modelos distintos como soluções de épuras táteis, em tamanhos e materiais diferentes. As avaliações foram consideradas a partir de entrevista semiestruturada, em que o respondente – protegido pela abreviação de V. F. S. – classificou a proposição como satisfatória. Apesar das questões específicas com a disciplina Desenho, este trabalho sinaliza possibilidades para além da Geometria Descritiva, de modo que outras áreas do conhecimento e seus respectivos professores apostem cada vez mais numa educação verdadeiramente inclusiva.